Pelo espaço andei,
à deriva.
Sem sítio para descansar,
de oxigénio precisava,
mas ninguém mo podia dar.
Andei por Marte,
Júpiter e Saturno,
por lá nada encontrei,
dum amigo precisava,
ou então a viagem acabava!
Avistei a Terra e a Lua,
mas lá não pude chegar,
pois estava tão cansado,
que até comia um cavalo assado!
Voltei a andar por Saturno,
muito perto dele estava,
se um meteorito não me tivesse
passado à frente
era por lá que eu parava.
Andei pelo espaço,
até que cheguei
a um sítio desconhecido e pensei:
-Onde é que estarei?
Pensei estar em Plutão,
mas depois descobri que não.
Porque plutão tem crateras,
mas aquilo não!
Não tinha nem uma.
Era lisa.
Uma esfera perfeita.
Pousei nela,
senti-me leve.
Fiz força nos pés e comecei a voar.
Na minha cabeça surgiu uma voz
que parecia a dos meus avós:
"Voa como um pássaro
leve como uma pena.
Saltita por Verel
e dono dele serás."
A partir daí,
comecei a chamar-lhe Verel,
e nunca mais de lá saí,
tal como dizia a voz.
Manuel Costa
Aluno da EB1/JI
4º ano A
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